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domingo, 27 de setembro de 2015

[PITACO CULTURAL] Veuve Clicquot Brut & Germinal

O Pitaco Cultural de hoje traz dois extremos da cultura francesa. De um lado, o refino e elegância da bebida (talvez o mais famoso vinho espumante existente) de denominação de origem controlada: o champagne. De outro, a descrição da realidade crua das revoltas do proletariado francês do século XIX na obra que se tornou o marco do naturalismo literário: Germinal de Emile Zola.



 CHAMPAGNE - Veuve Clicquot Brut

"De coloração palha, com borbulhas finas e intensas e aromas finos de maçã, pera madura, flores brancas, brioche e tostado. Em boca apresenta muita elegância, com final longo e mineral. Por volta de 1805 Nicole Barbe Ponsardin, a viúva Clicquot assume o comando da propriedade Ao longo de sua história, talento e perícia fizeram desta Maison, testemunha fiel da tradição do bom champagne." — Sommelier Wine

Visual: Coloração: Amarelo palha.
Aromas: Maçã, pera madura, flores brancas, brioche e tostado.

Sabor: Elegante, fresco e cremoso.
Harmonização: Camarão e lagosta grelhados, sushis e sahimis, vieiras levemente grelhadas, queijo do tipo mimolette, bruschettas variadas. Servir a 8ºC.

LIVRO - Germinal (Emile Zola)

Sinopse: Um dos grandes romances do século XIX, expressão máxima do naturalismo literário, Germinal baseia-se em acontecimentos verídicos. Para escrevê-lo, Émile Zola trabalhou como mineiro numa mina de carvão, onde ocorreu uma greve sangrenta que durou dois meses. Atuando como repórter, adotando uma linguagem rápida e crua, Zola pintou a vida política e social da época como nenhum outro escritor. Mostrou, como jamais havia sido feito, que o ambiente social exerce efeitos diretos sobre os laços de família, sobre os vínculos de amizade, sobre as relações entre os apaixonados.

'Germinal' é o primeiro romance a enfocar a luta de classes no momento de sua eclosão. A história se passa na segunda metade do século XIX, mas os sofrimentos que Zola descreve continuam presentes em nosso tempo. É uma obra em tons escuros. Termina ensolarada, com a esperança de uma nova ordem social para o mundo. (Livraria Saraiva)

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Prouvot Bistrô


Foto obtida no Facebook do restaurante.
 
O Prouvot Bistrô é um restaurante localizado na Rua Albino Meira, bairro do Parnamirim, Recife-PE.  Pertence aos mesmos donos do Prouvot do Pina, porém com uma ambientação bem mais arrojada e um cardápio mais variado. O local acomoda bem tanto casais como grandes grupos, sendo uma opção para encontrar amigos. Fizemos a visita no dia 12/09/2015, com um casal, para jantar. 

Comida (42.5/50) (42/50)
 
Brusqueta de Tomate (7.5/10)
Gruyère - Rúcula (R$ 26,00).

Fazia um tempo que não comíamos brusqueta e essa estava simples, porém bem gostosa. Com bastante queijo e tomate, assou no ponto certo para deixar o pão firme, mas não queimado. Só achamos que é uma entrada pequena, que não vale tanto a pena por sua simplicidade e tamanho.
 

Patê Fígado (7.75/10)
Flor de Sal - Pão (R$ 22,00).

Não somos fãs de patê de fígado de pato, mas esse estava até bom. O pãozinho estava ótimo, saído do forno e bem quente, e o patê em si ficou mais interessante com flor de sal e pimenta por cima, além da geléia acompanhando. Mais uma vez, uma entrada simples, mas que nos agradou.
 

Coração de Mignon (23.5/30)
Pimenta Verde - Nhoque na Manteiga - Brócolis (R$ 56,00).

Muito bom esse filé. O nhoque estava maravilhoso, um dos melhores que comi nos últimos tempos, e via-se que o brócolis era fresco, não se assemelhando em nada àqueles congelados. O coração de mignon, com a pimenta verde, ficou com um sabor um pouco de filé au poivre. Acertaram em servir num corte alto, deixando a carne mais suculenta. 

Tiradito de Atum Crocante (19/30)
Folhas verdes, Guacamole, Creme de Iogurge (R$ 48,00).

Esse prato é uma salada. Não dá pra ver na foto, mas a guacamole está sob as folhas. Estava gostoso, mas penso que se tivessem colocado outros tipos de vegetais, além de apenas folhas, poderia dar uma outra vida ao prato. Me surpreendeu o peixe, no cardápio anunciava ser atum, porém o sabor em nada se assemelhava a esse peixe (nem na aparência, estava bem claro para o que costumo ver de atum). Estava saboroso, porém deixou essa dúvida.
 
 Sobre o lugar (28/50)
Fomos conhecer o restaurante pouco depois de ter aberto. O ambiente é bem agradável, grande e numa rua tranquila, fácil de estacionar, além de possuir manobrista. Quem conhecia o outro Prouvot talvez se impressione um pouco com o tamanho do bistrô, mas conseguiram deixar um ambiente bastante aconchegante e elegante.
 

O grande problema (que quase estragou a noite) foi o atendimento. Fizemos o pedido das entradas e bebidas, que chegaram rapidamente, a um garçom e em seguida outro garçom anotou o pedido de nossos pratos. Mais de meia hora após pedirmos, questionamos ao primeiro garçom sobre nossa comida e ele perguntou se já havíamos pedido algo.

 
Nesse momento notamos que nossos pedidos não haviam sido enviados para a cozinha e falamos com o garçom, porém, ao invés de admitirem o equívoco e buscarem uma solução, os garçons ficaram insistindo que o pedido já havia sido feito e nossos pratos em breve chegariam. No total, demorou mais de 1 hora para nossos pratos virem e em momento algum nos informaram sobre o equívoco ou esboçaram qualquer pedido de desculpas pela demora. Compreendemos que equívocos assim podem ocorrer, porém não vemos sentido em persistir sem falar ao cliente o que está ocorrendo.

 

Nosso pitaco é que, exclusivamente analisando a comida, o Prouvot Bistrô é um bom restaurante, com alguns pratos que não valem tanto a pena, mas um cardápio interessante e um bom ambiente. Infelizmente, para nós, a experiência com o atendimento foi bem negativa, o que sem dúvidas influenciou o quanto apreciamos como um todo a experiência. É possível que, para uma pessoa que vá e seja bem atendida, seja um bom restaurante.

 
Nota Final: 66.75/100 62.25/100

 

domingo, 13 de setembro de 2015

[PITACO EXPRESS] Cervejaria Devassa

Foto obtida no Facebook do restaurante.

A Cervejaria Devassa é um dos bares dos armazéns do Marco Zero, localizado na Av. Alfredo Lisboa, Recife Antigo, Recife-PE. É o primeiro bar da franquia de bares Devassa em Recife e honra sua tradição com muitos petiscos próprios, drinks da casa e a tradicional cerveja devassa. Dessa vez, fomos provar uma de suas chapas e um drink de caipirinha.

Da Laje (4.5/5)


Pra quem gosta, um "mini" churrasco da lage! Alcatra, frango, calabresa frita com "gomos" de queijo coalho. Acompanha banana à milanesa, chips de batata, cebola empanada. À parte, segue uma manteiga com pimenta, molho à campanha, nossa farofinha e pão de alho (R$ 59,90).
Você já fica cheio só de ler a descrição. É uma bomba de calorias, mas é uma delícia. As carnes vieram muito boas, bem como a farofa e o vinagrete. Especialmente gostamos das cebolas empanadas, uma das melhores que já comemos. O pão de alho é um pouco seco, mas estava bom. Mesmo para esfomeados, serve bem duas pessoas

Caipilé Uva (4.5/5)
Bom, esse a gente faz gostoso assim: maracujá, limão, morango, coloca o picolé de uva, açúcar e destilado. Não é uma uva, é o caipilé de uva (Cachaça Standart - R$ 10,90).
Um dos vários drinks exclusivos do Devassa, é talvez o melhor caipilé de lá. A apresentação é muito boa e vem com frutas de verdade. Não somos tão fãs de cachaça, mas combinou muito bem com o picolé de uva. Não é um drink fraco, mas bem doce, ideal pra quem quer algo refrescante e sem tanto sabor de álcool.

Nota final: 9/10

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Nikko Japanese Fusion


Foto obtida no Facebook do restaurante.
 
O Nikko Japanese Fusion é um restaurante japonês localizado na Avenida Conselheiro Aguiar, bairro de Boa Viagem, Recife-PE. É um rodízio que busca o estilo de culinária japanese fusion, com alguns sushis e pratos próprios. É um grande galpão dividido em dois ambientes, tendo um grande número de mesas, servindo tanto para grupos como para encontros a dois. Fizemos a visita no dia 07/08/2015, para jantar.

Comida (25/50)

Rodízio Padrão  (25/50)
O rodízio inclui por pessoa 10 lâminas de Sashimi, 1 prato quente e o especial da casa Sushi de Salmão com manteiga de Hondashi (R$ 55,00).
Fizemos umas série de pedidos e demos uma nota geral ao rodízio. O rodízio inclui entradas, alguns pratos e sushis, principalmente uramakis. Não havia opções de sushis doces ou de sobremesas no rodízio. Os pedidos são levados diretamente à mesa, mas, diferente de outros rodízios do gênero, os garçons costumam trazer sugestões da casa ao invés de anotar pedidos específicos.

 
De entrada, pedimos ceviche e gyoza. O ceviche estava bom, o peixe parecia fresco, mas o sabor não estava excepcional. O gyoza estava um pouco sem gosto e não apreciamos tanto a massa, mas não estava ruim.

 

O principal problema foram os sushis. O peixe servido em geral não parecia fresco e o arroz de lá é especialmente granulado, dando quase a sensação de não ter sido cozinhado devidamente. A apresentação dos uramakis também não foi muito boa, mais de um veio se desfazendo ou com a alga soltando. O sabor em geral estava ok, mas, mais uma vez, nada extraordinário.
 
Philadelphia Bacon - Uramaki de salmão e cream cheese com farofa de bacon.
Os piores foram os sushis fritos. Não vieram quentes e a massa já não estava mais crocante, ficando um sushi meio massudo. Especialmente desgostamos do Philadelphia Bacon, além de vir numa apresentação nada atraente, o bacon estava terrível, praticamente só se sentia gosto de fritura no sushi.
 
Jô-Jô e Jô-Jô Spicy - Sushi oval de salmão tartar com gergelim e cebolinha e Sushi oval de salmão coberto com tartar spicy de salmão.

O Jo-Jo de lá, por outro lado, é ótimo. Foi sem dúvida o salmão mais fresco que comemos lá, bem como o salmão tartar (tanto do normal como do spicy) estava excelente e sem dúvidas foi o prato mas bem apresentado da noite.

Fried Curry Rice - Arroz frito com vegetais, curry e iscas de frango.
 
Pad Neua - Iscas de carne ao molho de ostras e geléia de pimenta com mix de legumes e cogumelos.

Para finalizar, pedimos um prato quente cada (Fried Curry Rice e Pad Neua). Não há outro modo de dizer, ambos estavam péssimos. Não só a textura, mas também o sabor estava muito ruim. Já comemos comida tailandesa em outros locais (eu pessoalmente adoro) e nenhuma tinha nem de perto um sabor como o que provamos aqui. Somos contra deixar comida (mesmo em rodízio), mas não conseguimos comer nem metade de nossos pratos.
 

Sobre o lugar (24/50)

O Nikko tem dois ambientes, interno e externo. Achamos o espaço entre as mesas um pouco apertado, especialmente com os garçons transitando entre nós. Fomos com a casa cheia e nos informaram que havia um lugar no ambiente externo e uma fila de espera com 1 mesa na nossa frente para o ambiente interno. Colocamos nosso nome na lista para nos transferirem para dentro quando houvesse vaga. Nunca fomos chamados para o ambiente interno.

O atendimento deixa bastante a desejar. Como o sistema de lá é principalmente por sugestões da casa, achamos que faltou uma maior atenção do garçom. Por duas vezes nos trouxeram sushis de camarão, mesmo já tendo avisado que não comíamos. Inclusive, não fomos avisados do conteúdo de cada sushi que nos traziam, o que pode ser um risco para uma pessoa alérgica.

Por fim, foi a conta de rodízio mais estranha que já recebemos. O local computa cada unidade consumida no rodízio na conta, cobrando 1 centavo a mais por cada um. Claro que a diferença final na conta é irrisória, mas realmente achamos esquisita essa prática, nunca vimos nada assim.

 

Nosso pitaco é que o Nikko talvez já tenha sido um rodízio bom, mas não é mais. Costumamos tentar considerar os pontos positivos e ver possíveis motivos para fatos negativos, porém temos que dizer que a experiência foi, do início ao fim, desagradável. Se você aprecia um sushi fresco; uma comida exótica, mas saborosa, e um bom atendimento, o Nikko não é o lugar para ir.
 

Nota Final: 49/100

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

[PITACO CONVIDADO] Honorato Hambúrgueres Artesanais



Recebemos esse Pitaco Convidado de nosso ilustre casal de arquitetos Rafaela Teixeira e Diego Pessoa, diretamente de Lisboa, Portugal. Achamos tão completo e dedicado o trabalho de nossos amigos que resolvemos colocar no lugar do pitaco que viria essa sexta-feira. Confiram o pitaco internacional:
Foto obtida no Facebook do restaurante.
Há poucos meses abriu um novo restaurante Honorato em Lisboa, em Saldanha, e não podíamos deixar de ir, pois é bem falado aqui, principalmente devido a existência de um em Belém, quase ao lado dos Pasteis de Belém, dos principais pontos turísticos da cidade. O ambiente muito nos agradou, uma boa harmonia de elementos aconchegantes e área técnica a amostra - com destaque para a cozinha a vista.

Entretanto, a experiência culinária nos surpreendeu pelo fato de que os dois hambúrgueres pedidos (o Honorato, especialidade da casa, e o Gorgonzola) vieram com a mesma logica de disposição dos ingredientes: pão, vegetais, pão, proteínas (carnes/ovo/queijo) e pão. Nesta ordem. Este fato nos permitiu supor que eles devem seguir esta ordem em todos os hambúrgueres, o que poderia ser uma boa diferente idéia, se o pão não tivesse aspecto tátil de torrada amanteigada, a carne não estivesse pouco - se é que havia algo - temperada, e os ingredientes tão desconectados que nos deu a impressão de um prato obvio, uma experiência culinária sem surpresa alguma, o cardápio estranhamente tornou-se um verdadeiro spoiler do que haviam nos servido.
Hambúrguer Honorato (ao fundo) (9,10 euros). Hambúrguer Gorgonzola (à frente) (8,95 euros). Limonadas (2,5 euros cada).

Para bebida, nós dois pedimos limonada, que estava perfeita!
Mousse de chocolate (3,60 euros).

A outra boa noticia é que a única opção de sobremesa da casa - mousse de chocolate - era impecável, com tudo o que faltou no prato principal: os ingredientes dialogavam bem na boca, havia surpresa, pois demoramos um tempo para concluirmos que a cobertura do mousse provavelmente tratava-se de uma espécie de farelo de biscoito doce e crocante caseiro, e tanto este quanto o mousse em si estavam deliciosos.

Quanto aos preços, estes seriam mais apreciáveis caso o euro não estivesse tão caro, mas está na média dos restaurantes de hambúrgueres caseiros por cá, o Honorato 9,10 euros e o Gorgonzola 8,95 euros, o preço da sobremesa foi 3,60 euros e a limonada 5 euros. Definitivamente a limonada, a sobremesa e o ambiente do 'novo' Honorato compensaram o carro-chefe da casa.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

[PITACO CONVIDADO] Quina do Futuro


Nosso novo pitaco convidado foi cortesia da Srta. Amélia Azevedo em um local que conhecemos bastante, a Quina do Futuro (cujo pitaco você pode ver em http://pitacosgourmet.blogspot.com.br/2015/02/quina-do-futuro-taberna-japonesa.html), mas de algo que nunca provamos, o seu Waffle:
 
Waffle com Calda de Frutas Vermelhas
Waffle belga com calda de frutas vermelhas e sorvete de creme (R$ 22).
Fui levada a contra gosto, quase arrastada, para esse jantar. Não gosto de sushi e não esperava muito do jantar, mas adorei esse waffle. Quando ele chegou na mesa, como a pessoa comilona que sou, o tamanho quase me decepcionou, mas foi tão bom que valeu a pena! A calda é sem dúvida o ponto alto, bem doce, mas sem ser enjoada. Geralmente essas frutas de calda vêm congeladas, então é muito raro encontrar uma calda boa assim por aqui. Mesmo tendo jantado em outro canto, sou capaz de voltar lá só por essa sobremesa. Realmente, foi uma alegria imensurável. Um recado para os de alma gordinha: dividir pode ser uma tarefa sofrida.